Meu primeiro passo em território baiano foi em 2004. Saí do Mato Grosso e, numa cruzada, saltei de um ônibus empoeirado numa cidadezinha sem nada, só algumas casas e comércios jogados nas ruas sem pensar. Às vezes eu me lembro o nome dela, outros (como hoje) nem pensar. Só sei que de lá fui parar numa outra localidade baiana. Aí sim andei serelepe nos paralelepípedos bonitos que cobrem Lençóis. Uma semana depois estava apaixonada, pelos baianos e pela Bahia. Resolvi não ter cautela, pedi pedi pedi pedi pedi e, hoje, trago um baiano rendado no fundo do meio do meu coração.
Vá estrada riba pro Norte
E leve forte
Grito-pedido de cura
Do meu sofrer
Cá comigo tem fundo corte
É quase morte
A dor de lembrar
Do meu bem querer
Vá estrada
Encurta a distância
Sem curva
D’aqui até lá
Pois aqui meu peito
Sem culpa
Tanto labuta
Sem nada a ganhar
Véu de nuvem branca esperta
Te peço concreta
Esse meu sonhar
Pois aqui não tem hora certa
É porta aberta
Pra ele chegar
Pati: NO CAUTELA, YES FELICIDADE!
ruivinha, lembrei das nossas depressões pós-férias e to passando uma agorinha, embora as ferias tenham sido curtas e meio mescladas com trabalho…com voce era mais fácil passar o dia arrastando correntes e assistindo as memórias dentro da cabeça…que coisa é a vida…saudades mortais dessa ruiva
ah…essa poesia ta muito linda…cada imagem forte…amei.